O autor inicia o conto dizendo que a história deixou marcas profundas em seu espírito de criança, pois foi sua babá quem o contou, ele diz ter ficado traumatizado com a terrível narrativa.
Narrado em 3ª pessoa, a obra de Charles Dickens conta a história de um capitão macabro que se alimenta de carne humana. Para satisfazer seu vício sem deixar suspeitas ele contraia matrimônio com lindas moças, após algum tempo de casado ele as assassinava sem deixar suspeitas aparentes.
Para tal ato não chamar a atenção dos moradores do lugarejo, ele seguia sempre o mesmo ritual macabro, após um mês de casado, pedia a noiva que preparasse massa para uma torta de carne, quando ela perguntava onde estava o recheio, ele a matava.
Na obra temos também um narrador onisciente que sabe de todos os acontecimentos e sensações, o leitor sabe exatamente aquilo que ele quer. Além disso, o modo como o narrador conduz a história prende a atenção do leitor que fica ávido por saber qual será o próximo passo do Capitão Assassino e como será o fim da história.
Apesar de ser um conto, percebemos ainda uma certa repetição na narrativa por parte do autor que confere musicalidade parecida com a de um poema, no trecho: "cortou-lhe a cabeça, picou-a em pedaços, temperou-a com pimenta, salgou-a, colocou-a dentro da torta, mandou-a para o padeiro, comeu tudo e chupou os ossos". Este trecho aparece outras vezes ao longo da narrativa.
O conto tem final surpreendente e inusitado que deixa o leitor com aquela sensação de quero mais, pois prende sua atenção do início ao fim.
Leila