1984 - George Orwell

      O romance escrito por Orwell retrata um mundo dividido em três grandes superestados: Eurásia, Lestásia e Oceania. Os cidadãos são constantemente vigiados por teletelas (grandes aparelhos de TV instalados por toda parte), estas permitiam que o Grande Irmão vigiasse os cidadãos, mantendo um sistema de opressão coesivo e injusto. Assim, ele ficava informado sobre toda e qualquer atitude das pessoas, inclusive seus pensamentos. Quem pensasse de maneira diferente, cometia crimidéia (crime de idéia em novilíngua), seria preso pela Polícia do Pensamento e vaporizado, ou seja, a pessoa tinha seus dados excluídos do sistema, deixava de existir e desaparecia completamente.  
      A transformação da realidade é o tema principal de 1984. Disfarçada de democracia, a Oceania vivia um regime político totalitário desde que o IngSoc (o Partido) chegou ao poder sob o comando do onipresente Grande Irmão (Big Brother).
      Por ser narrado em terceira pessoa, o narrador tem acesso aos pensamentos e sentimentos mais profundos dos personagens, além disso, a narrativa envolvente prende o leitor do início ao fim, sendo que o final é surpreendente.
      A  obra conta a história de Winston Smith, membro do partido externo, funcionário do Ministério da Verdade. Sua função é reescrever e alterar dados de acordo com os interesses do Partido, ele costumava questionar a opressão que o Partido exercia nos cidadãos.
      Certo dia ele conhece Julia uma linda jovem, também membro do Partido, os dois passam a se relacionar mesmo sabendo que eram proibidos relacionamentos internos. Os amantes se encontravam de forma furtiva até que foram descobertos e presos pela Polícia do Pensamento. Ambos são levados para o interior do Partido onde são torturados, tanto fisicamente quanto psicologicamente.
      Inspirado na opressão dos regimes totalitários das décadas de 30 e 40, o livro não se resume a apenas criticar o stalinismo e o nazismo, mas toda a nivelação da sociedade, a redução do indivíduo em peça para servir ao estado ou ao mercado através do controle total, incluindo o pensamento e a redução do idioma. Winstom Smith representa o cidadão-comum, com seus questionamentos e revoltas, vigiado pelas teletelas e pelas diretrizes do Partido.
      Orwell escolheu o nome do protagonista em homenagem ao primeiro-ministro Winston Churchill, por ser um sobrenome comum na Inglaterra.
      A obra-prima foi escrita no ano de 1948, mas seu titúlo foi invertido para 1984 por pressão dos editores. A intenção de Orwell era descrever um futuro baseado nos absurdos do presente.

Leila


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